Resenha #1: Eleanor & Park

segunda-feira, 15 de setembro de 2014


            Acabei de ler Eleanor& Park há pouquíssimo tempo e antes mesmo de terminar o livro eu já queria correr pro computador e escrever uma resenha sobre ele. O motivo é muito simples: estou encantada pela história.

            Eleanor & Park foi um daqueles livros não-planejados e que, agora que penso a respeito, fico muito feliz por tê-lo encontrado. Um daqueles amores de livraria que não te deixam pensar em outra coisa. 
            Lá estava eu, casualmente andando pela Saraiva perto de casa quando bati os olhos na capa fofíssima e fiquei deslumbrada pelo trabalho minimalista. Peguei o livro. Chequei-o por uns três segundos antes de a minha amiga me arrastar pra fora da loja pelo braço falando que estávamos com pressa. Não deu tempo de ler a sinopse, nem de ler o nome da autora, nem de saber do que falava.  Nadinha.

            E mesmo assim o título ficou na minha cabeça. Cheguei à casa dos meus pais no fim de semana seguinte e comentei o título com minha mãe e, alguns dias depois, ela me deu de presente. Adoro essas surpresas que simplesmente entram na vida da gente <3

            Enfim, depois de toda essa história sobre amor-a-primeira-vista que tive com o livro, posso dizer, meu amor vai muito além disso. O livro conseguiu me prender da primeira à última palavra e eu não o soltei por um minuto depois que comecei a ler.

            A história fala da Eleanor e do Park, dois adolescentes que vão pra mesma escola em um ônibus.  Eleanor acabou de se mudar pra escola, então ela enfrenta um daqueles problemas com os populares, pelo simples fato de ela ser completa e totalmente fora dos padrões. Park é aquele tipo mais quietinho de garoto, meio nerd, meio invisível, mas que não é totalmente ignorado pelos populares. E o mais importante: ele tem um banco só pra ele no ônibus. Isso não parece fazer muito sentido, mas faz. Do mesmo jeito que eles não parecem ter nada em comum pra se apaixonarem, mas é exatamente o que acontece. E é tão, mas tão, bonitinho!


            O livro também fala da vida dos dois, além do relacionamento que surge entre eles. Eleanor tem uma vida bem complicada, com problemas em casa, uma família numerosa e muito desestruturada, e sente que não se encaixa em lugar nenhum. Ela é muito ruiva (o que nem sempre é tão bom), muito grande se comparada com as outras meninas além de não ser bonita. Tem problemas sociais pra se enturmar, uma personalidade bem única e meio esquisita.

            Park é mestiço. Meio americano e meio oriental. Tem olhos verdes e bochechas (que na minha cabeça são) extremamente apertáveis. Faz aula de luta e tem um bom gosto musical. A família é bem organizada e os pais são muito amáveis.  “Esquisita” e “indiferente” são as palavras que parecem mais se adequar aos dois.

            Além de a história em si ser muito bonitinha e fofa, tem um quê de mistério e alguns dramas, o que dão a ela um toque único. Em alguns momentos eu ria bastante com os diálogos entre os protagonistas, em outros eu chorava desconsoladamente por me identificar com eles. Acho que foi por isso que gostei tanto da leitura. É uma história que poderia ter acontecido comigo, ou com você, ou com um amigo meu. Os personagens não são personagens, são pessoas. Pessoas normais, que não vivem um amor perfeito ou impossível ou uma vida do tipo conto-de-fadas.

            O Park ganhou meu apreço por ser do jeito que ele é. Um personagem daqueles bem humanos, que tem um punhado de pensamentos inteligentíssimos e que é simplesmente fofo noventa por cento do tempo.

            Uma coisa que me surpreendeu foi o fato de me identificar com a Eleanor (psicologicamente falando, porque, ainda bem, eu não tenho os milhões de problemas em casa que ela tem!). Ela é confusa, corajosa (mesmo sem perceber isso), engraçada e um pouco insegura com relação a si mesma, e, por vezes, tenta aparentar o contrário.

            A escrita da autora é bem leve e fluida. A Rainbow Rowell tem um jeito tão diferente de descrever as coisas, meio exótico e que me fazia pensar “como é que eu nunca pensei nessa expressão antes?”. Isso fez com que a leitura se tornasse ainda mais interessante.

            Em alguns pontos a história me lembrou um dos meus seriados favoritos: My Mad Fat Diary e eu achei isso sensacional.




            Por fim, acho que estou passando por uma ressaca literária, porque tudo em que eu consigo pensar é no quanto o Park é incrível, e que aquele final mexeu muito comigo. Ah, por falar nisso eu quero uma continuação, hahah!

            Recomendo muito o livro! 

            Beijos, Yanca. 

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